Rainha Santa: Grupo reinante de Vila Nova, "Tó Miau" e "Nó" e a minha integração em 16 de Novembro de 2008

domingo, 16 de novembro de 2008

Grupo reinante de Vila Nova, "Tó Miau" e "Nó" e a minha integração em 16 de Novembro de 2008

Domingo, 16 de Novembro de 2008
Prova em bom ritmo, com partida cerca das 9h da manhã, com passagem por Condeixa, Soure, Vila da Rainha, Abrunheira, Verride, Montemor, Alfarelos, Formoselha, Sebal, Ega, Condeixa e Cernache. Distância de 83 kms aproximadamente á média de 27 Kms/h com velocidade máxima de 75 kms/h. De notar a boa preparação física dos intervenientes numa pedalada vigorosa e em bom ritmo mostrando que a equipa dos “Relvões” de Vila Nova tem sempre pessoal á altura conforme as circunstancias. Adorei e estou bastante satisfeito em alinhar com este grupo, pois sinto-me outro atleta, e espero contribuir também para a camaradagem e espírito de grupo que verifiquei reinar nesta equipa. Assim vale a pena pedalar e ter a certeza de que podemos contar com gente desta natureza ou seja “ gente crescida”.Parabéns a todos e obrigado pelo convite.
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A FESTA E TALVEZ O SEU FIM "ADIADO"

Porque razões existem dificuldades em ter mordomos para a fazer a festa da Nossa Senhora dos Milagres de Cernache?. As razões julgo eu, são várias e diferentes são as verdades, entre as quais as principais, são concretamente a falta de fé, das pessoas. Os bons exemplos, julgo eu, também têm que vir de dentro para fora e isso não acontece por vezes…….Os antigos tinham grande devoção e orgulho nesta Festa que ultrapassava os limites da freguesia, de onde vinham pessoas do norte e do sul para “pagarem” as suas promessas. Agora com a falta de fé, tem tendência a ser apenas a procissão, missa e pouco mais.Lembro-me de aqui á uns anos atrás criticar que estas festas não deveriam ter tendências politicas, mas foi o que aconteceu por dois ou três anos, serem pessoas ligadas a uma determinada tendência politica a fazê-la. Além do clube que também a fez, leva o resto da freguesia a interrogar-se se de facto não acabaram com a mística dos mordomos, e de toda aquela envolvência e azáfama própria de quem a quer fazer bem e melhor, pois que imbuídos da sua fé pessoal, levavam a cruz ao calvário. Misturou-se um pouco as ideias ás pessoas, a fé, e as boas intenções duns, com a “ratice” doutros “caldeirando” com politiquices, deu no que deu. Dizia-se na altura; “Se não forem eles a fazê-la a festa acaba……….Mas afinal ainda não acabou. Mas já é tarde para corrigir este problema. A diocese ou a paróquia não sei bem, não une as pessoas pois o pároco, não chega para as “encomendas”. Muito serviço de 3 ou 4 freguesias e não dá. Os jovens afastaram-se da fé e outros como eu mais velhos, já não acreditamos em milagres e não estamos fortemente motivados, depois destas peripécias passadas. Depois do Padre Roque, praticamente a coisa foi arrefecendo e nem eu que até ia á missa ao Domingo lá para os lados de Antanhol, não tenho qualquer motivação, pois os maus exemplos são dados por aqueles que tendo estas responsabilidades aqui ou ali, seja na igreja ou fora dela não ajudam nada., não o fazem. Eu sou um pouco conservador e admiro e admirei, como tantos outros, a categoria destas festas, que de grandiosas, faziam o orgulho da freguesia. Pois a meu ver foram alguns nativos desta terra que a aniquilaram, a meu ver e aos meus olhos, mas também aos olhos de pessoas que com responsabilidade, entregaram nas mãos a feitura desta, com os resultados que eu já previa que fossem estes. Toda a gente sabe, toda a gente viu e já se esqueceram do que se passou…É certo que antigamente o Ultramar ajudava!!!, a vida difícil e as dificuldades das pessoas e a falta de qualidade de vida e o ensino primitivo e a educação que levavam na escola e na fé, levavam a muitas “promessas”. Mas afinal ainda vai muita gente a Fátima a pé!!!. Mas não daqui. Daqui vão alguns. O que se passa é que a nossa terra está arredada dos seus valores e os nativos não dão o exemplo. Depois vem os de “fora” para cá viver e conjuntamente com os de cá, com as dificuldades e os hábitos de vida actuais, fecham-se dentro das suas conchas e não se abre a porta a ninguém, porque a vida está difícil, existe desconfiança, falta de segurança, quer pessoal quer colectiva. Não temos motivação e o bairrismo acabou e um “pastor” que conduza somente este rebanho não há. Não temos “alguém” de referência na freguesia com uma “referência forte” que una, pacifique e motive os residentes. Até temos, mas está tudo dividido com a política. Depois dividiram as pessoas com os “politiqueiros” e os “clubistas”a fazerem esta Festa de Fé. Depois é claro, os maus exemplos não dão bons frutos. Os jovens não passam patavina nenhuma. É muito difícil. É necessário um grande esforço por parte daqueles que tem a responsabilidade da continuação desta Grandiosa Festa. A Festa não é para dar grandes lucros ou para vaidades de janelas enfeitadas com colchas. A Festa é de fé e é para cumprirmos com as tradições, e na fé que os nossos pais nos deixaram este valor e defender estes valores, para que possa continuar, cumprindo-se as tradições. Sabemos que a situação económica do País e das pessoas está muito difícil, mas a Festa é da freguesia, por isso tem que estar presentes como mordomos, várias pessoas de cada lugar e da freguesia. Só assim unimos e não desunimos. Para o conseguir, existem entidades com esta responsabilidade na Freguesia. Porque o não fazem?.. Falta de coragem, de motivação e falta de fé. Continuo dizendo que os bons exemplos são poucos e escassos e devem vir de dentro e não de fora. Costuma-se dizer “estragaste! agora arranja”. Muito havia para dizer, mas não se deve dizer tudo senão… Havia antigamente a obrigação de entregar na igreja ou ao padre da paróquia o (relatório e contas) em duas pastas, sempre atempadamente e com o nome dos mordomos para o ano seguinte. Era colocado 2 folhas, uma das contas e outra dos mordomos no Largo da Praça e não só, para que todos vissem quanto tinha rendido a festa e o nome dos mordomos para o ano seguinte, como manda a tradiçao. Pois quando o grupo de “tendências politicas” a fez, não coclocaram no Largo da Praça as ditas contas, nomes etc. etc. (pelo menos eu não vi e passava ali todos os dias) para cumprir com a tradição e assim, foram descaracterizando a Festa. De boas intenções está o Inferno cheio. Julgo ter dado um contributo do relato um pouco exaustivo do mal que se fez atrás e os efeitos que se estão a sentir. Agora é tarde e porque destruir é mais fácil que construir, levou e levará muitos a desistirem, pela incúria e falta de responsabilidade de uns tantos que contribuíram para o estado em que a mesma se encontra. Esta a minha verdade e a minha razão de escrever. Terei dito algumas verdades escondidas, cabe aos outros concidadãos ter atenção para não se cair ou deixar fazer o que alguns fizeram. Vale mais parar e recomeçar, do que fazer sempre cada vez mais e mal.Cernache, 05 de Dezembro de 2008.

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